quarta-feira, agosto 15, 2012


Desafiando a gravidade


Num mundo onde tudo é estático, tudo é o mesmo, sempre com os mesmos padrões, as mesmas conversas falsas, os mesmos sorrisos vazios, a única forma de sobreviver com sanidade é desafiando a gravidade.

Durante toda a nossa vida a sociedade nos força a cumprir papeis que não queremos interpretar. Força-nos a jogar o nosso próprio jogo com as regras deles, e o que realmente agrava a situação é que nós, não fazemos nada para lutar contra essa maré. A sociedade nos molda para sermos nada mais do que empregados, peões, de alguém que já nasceu como “patrão”. Poucos são os que desafiam de fato a gravidade, são até, muitas vezes considerados loucos, sonhadores, como se isso os tornassem medíocres.

Entre esses “loucos” estão as pessoas dos mais variados tipo, eles são os excluídos da sociedade, os verdadeiros marginais. São eles que ao assumirem posse de si mesmos, se jogam no abismo que a todos devora que é a sociedade com seus padrões tão superficiais. São os loucos, que mudam o mundo o em algum momento, diferente dos robôs criados pelos padrões imundos dessa sociedade, que por mais que tenham suas vontades às reprimem de maneira quase doentia, só para continuar seguindo o padrão fútil que os é estipulado.

Num mundo onde tudo é artificial, tudo é criado, é raro encontrar algo verdadeiro, e quando algo é verdadeiro de fato, é automaticamente reprimido como se fosse o pior crime que poderia ser cometido.

A vida nos foi dada, acredito, como um presente, assim como o livre-arbitrio. Eu acredito e confio nos loucos, porque se alguém tem capacidade de quebrar as barreiras dessa sociedade esdrúxula, esses são os sonhadores.


- Ana Carolina Araújo


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